Algumas de amor, outras de amizade.
Algumas sob a inspiração quente de um sentimento
puro, outras frias como uma tábua de mármore.
Cartas, umas curtas outras longas.
Umas lidas e outras que nem sequer verão a luz do dia.
Cartas que emocionam, outras que irritam.
Umas que magoam outras que curam.
Cartas... porque escrevê-las pode trazer alívio ao autor e talvez a dor ao destinatário.
Cartas que criam expectativas de um amor florescido, ou aquelas que noticiam o fim de um
romance.
Cartas guardadas e nunca enviadas.
Cartas nunca lidas e por vezes esquecidas.
Ainda há aquelas que foram publicadas.
Aquelas que trazem feridas abertas, pedidos de
perdão que nunca foram aceitos, e ainda, aquelas que fecham feridas trazendo alívio a
quem lê.
Eu escrevo cartas.
Muitas delas guardadas em algum canto, talvez um dia sejam
publicadas, algum dia sejam expostas.
Talvez, algum dia, seus destinatários as leiam.
Talvez, algum dia, elas curem algumas feridas e abram outras.
Talvez... algum dia... mas, sinceramente, eu espero que não.
Não sou como o Leoni que guarda as cartas e quer entregá-las um dia. Sou como o Lulu,
gosto tanto do que escrevo que até prefiro esconder porque o que ganho ou perco ninguém
precisa saber... não é mesmo?!
Cartas.
Umas belas, outras tristes.
E você, o que faz com as suas?
Espero que tenha mais sorte e mais coragem que eu... que suas cartas sejam lidas, e que
seus sentimentos sejam entendidos. Que você não seja copiado, que você se motive todos
dias em escrevê-las e entregá-las.
Afinal, pra que escrever essas cartas se elas não forem lidas?
Sinceramente, eu não sei, mas não deixarei de escrevê-las.
H.
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